Tuesday 17 August 2010

O grande desafio das empresas.

Bom, antes de começar a escrever sobre em que estava pensando essa semana, gostaria de enfatizar onde tenho ficado bastante ocupado ultimamente. Tenho lido um pouco sobre economia e administração, inclusive fiz alguns cursos on-line pela FGV. Aproveitei, o tempo disponível, para ler também sobre metodologias ágeis e assistir palestras pela internet sobre o assunto. Para ganhar inspiração e embasamento para escrever esse post.

Por muitos anos defendi que o problema de não entregar software no prazo e, não gerar valor, estava na condução do projeto  contrato, processos, liderança e pessoas). Um problema de gestão.

Por ter trabalhado em empresas de vários segmentos da economia como: treinamento e educação, telecomunicações, instituições financeiras, indústrias e as famigeradas "fábricas de softwares" tanto em esferas públicas federais quanto privadas. Isso me deu uma visão holística sobre os dois mundos e, por mais estranho que seja, ambos apresentavam os mesmos problemas tais como: projetos com prazos estourados, custos erroneamente estimados, conflitos internos e externos, equipes descontentes e uma rotatividade incalculável.

Contudo, afirmo, para minha felicidade, nem todas minhas experiências foram assim. Algumas organizações por onde passei conseguiram impressionantemente obter resultados contrários ao mencionado acima.

A grande surpresa foi quando estava lendo um importante artigo de Martin Fowler e encontrei a seguinte frase: "Um dos objetivos das metodologias tradicionais é desenvolver um processo onde as pessoas envolvidas são peças substituíveis".

Assim como tantos outros profissionais, participei nos bastidores dessa premissa. No entanto, retirando a jornada onde ganhei tais competências, observei muitos colegas comentando sobre essa situação e outros que nunca compartilharam da mesma realidade.

Com isso, acabei convencido de que tudo que vivenciei até agora tem haver com a forma de como os gestores e empresários estão conduzindo seus negócios: liderando as pessoas como se fossem meros recursos substituíveis, muito autoritarismo e utilizando práticas já consideradas antiquadas.


Fonte
Adicionalmente, sem contrapor, o que advoguei durante anos parece estar coerente.

Isso me leva também a comentar no seguinte aspecto. Estamos vivendo uma era de profundas transformações sociais ocasionadas pela volatilidade da informação devido ao avanço dos meios de comunicação. Essas mudanças estão exigindo das empresas , até mesmo dos governos, e de seus gestores uma evolução de seus conhecimentos sobre administração. Talvez a gestão nas organizações não fique somente, de forma simplista, a mercê de medições de marcos financeiros em balanços como na revolução industrial. Ou ainda, como alguns especialistas preferem comentar, através do "ultrapassado" planejamento estratégico.

Muitos gestores estão realmente precisando de um bom coach. Como aumentar significativamente o ROI e reduzir os riscos dos projetos se os ativos passaram a ser pessoas?
Os ativos de verdade não são mais determinísticos como: cadeiras, mesas ou computadores.

Não obstante, para refletir, uma das melhores frases que gostei no meu Twitter foi:
"Os cursos de MBA do nosso país formaram os líderes do século XX."

Fonte
Para concluir, o século XXI é entitulado como a era da informação e uma das fortes tendências é: "O aprendizado contínuo se torna imprescindível". Essa afirmação automaticamente transforma em acomodados uma gama enorme de gestores e profissionais liberais.

Um grande desafio, não acha?

Entender seu principal ativo é um bom começo.

Monday 11 January 2010

Só com mudanças as empresas se salvam

As empresas que resistirem às inovações mercadológicas, servindo como casa de repouso para seus executivos acomodados, não sobreviverão ao atual estágio do mercado.

A hesitação demasiada de muitos empresários e executivos para efetuar modificações organizacionais inevitáveis, exigidas pela evolução competitiva, está provocando o fracasso de inúmeras empresas. Mesmo com as vendas em queda e perda de mercado muitos ainda persistem em continuar utilizando tecnologias obsoletas, sistemas administrativos ineficientes e equipe sem qualificação.

É crucial dar atenção aos fatores que, na última década, estão forçando as empresas a mudar seus procedimentos: a globalização da economia, as exigências de qualidade, concorrência, novos produtos, terceirização.

A globalização da economia passou a exigir maior capacidade competitiva de todas as empresas. O mercado das empresas é o mundo inteiro: de carros a computadores, todos são distribuídos mundialmente. Nenhuma empresa pode pensar seu modo de atuação regionalmente, pois de alguma forma será afetada pelas políticas mundiais de comércio. Se ela não conquistar novos mercados, os concorrentes virão para cá e tomarão seu espaço.

As exigências de qualidade também modificaram os comportamentos empresariais. Consumidores, empresas e indivíduos exigem de seus fornecedores qualidade dos produtos, e nas relações empresas-mercado comprometimento ecológico e social...
As negociações tornam-se mais difíceis, os clientes exigem preço e qualidade. Os compradores tornaram-se exigentes e impõem requisitos que apenas fornecedores organizados e competentes conseguem atender. Os demais fornecedores, que possuem um fraco sistema de marketing, estão decretando sua exclusão do mercado paulatinamente. Ou as empresas tornam-se competitivas ou fecham!

Administradores tiveram que modificar seu modo de pensar para adaptarem-se a essa nova realidade. A estrutura das organizações teve que ser modificado para que cada função ou departamento funcione como um elo de um sistema de desenvolvimento e distribuição de produtos e serviços. Cada departamento contribuindo para agregar valor ao produto final. A estrutura piramidal passou a não funcionar dentro desse esquema, sendo substituída por uma estrutura linear, ou matricial, composta por diversas unidades de serviço.

O trabalho em equipe passou a ser fundamental para o sucesso da organização e cada indivíduo passou a ver seu companheiro como um cliente. Cada profissional teve que buscar possuir uma visão generalista para entender a importância de sua função dentro da organização e do mercado.

As empresas que resistirem a essas inovações mercadológicas e às tecnológicas, servindo como casa de repouso onde se recebe um salário no final do mês para executivos acomodados, passou a não sobreviver neste cenário. E aquelas que ainda insistem em resistir, ganharam uma sobrevida apenas.

Ou mudam ou desaparecem.

Fonte
SANTANA, José. Só com mudanças as empresas se salvam. [S.l.: s.n].